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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Coluna Paulo Guedes: Ética cristã no trabalho e nos negócios


No atual momento em que vivemos, com a globalização, nos deparamos com situações em que precisamos tomar decisões rápidas, pois a sociedade exige que todos nós façamos escolhas, optemos e resolvamos aquilo que tem a ver com a nossa vida individual, da empresa e dos nossos semelhantes.

Todas as decisões que tomamos no nosso dia a dia são influenciadas pelo ambiente social e individual em que estamos inseridos, e são baseadas em padrões e conjuntos de valores que acreditamos serem certos ou errados.

Todos nós já ouvimos falar da importância da ética na vida pessoal, social e profissional, e a urgência ou necessidade se deve à resultante dos prejuízos decorrentes da irresponsabilidade do próprio homem.

Dentro da conceituação de negócio, a credibilidade que é dada a ele decorre da prática efetiva de valores com integralidade, honestidade, transparência, eficiência dos serviços oferecidos, respeito ao consumidor e a todos os envolvidos com o negócio.

O grande problema que enfrentamos é que nem sempre os negócios funcionam de maneira adequada em nossa sociedade. Stephen Covey, no seu livro “Os sete hábitos das Pessoas Muito Eficazes, aborda duas suposições no campo da ética: “ética da personalidade” e “ética do caráter”, respectivamente. A primeira, se é que podemos chamar de ética, valoriza somente o status social, o vencer na vida, o ficar rico. Usa-se de todos os meios para alcançar os objetivos.
A segunda enfatiza os valores mais autênticos e permanentes, tais como integridade, humildade, fidelidade, persistência, coragem, justiça, paciência, modéstia, e a regra de ouro: “não fazer aos outros o que não quiser que os outros lhe façam”. Essas duas visões da ética estão presentes em todos os momentos de nossa vida, pois sempre que se apresenta a oportunidade de fazermos uma escolha, fatalmente analisamos estes dois aspectos.

Na visão cristã, a ética encontra-se assentada na mais pura simplicidade, bastando agirmos conforme as leis divinas. O que não quer dizer que torna-se com isso uma coisa fácil de se realizar. O que podemos observar no mundo cristão é que diversas pessoas que afirmam professar a crença em Cristo, concordam com a primeira suposição de Stephen Covey.

A crença em Cristo, necessariamente, tem que proporcionar uma transformação interior do ser humano, fazendo-o vivenciar o conjunto de princípios e fundamentos que encontramos nas sábias e sempre oportunas lições de Jesus.

A transformação da sociedade, que faz parte do tema principal aqui analisado, necessariamente passa pela interiorização dos conceitos éticos inseridos no Antigo e Novo Testamento.

Acreditamos que a relação humana no campo dos negócios precisa passar pela conscientização das premissas éticas de Cristo, para que os valores como integridade, humildade, fidelidade, persistência, coragem, justiça, paciência, modéstia, e a regra de ouro, “não fazer aos outros o que não quiser que os outros lhe façam” norteiem o mundo dos negócios.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Coluna Paulo Guedes: Alternativas Éticas


Cada indivíduo, com suas características únicas, tem a sua ética. Apesar das influências que sofre pelo relativismo e pelo pluralismo dos dias atuais, tem um sistema de valores armazenados em seu subconsciente que consulta no processo de fazer escolhas. Às vezes, as nossas ações incoerentes parecem contradizer esta afirmativa. Nem sempre temos consciência dos valores que compõem a nossa personalidade. As alternativas éticas, de acordo com os seus princípios orientadores fundamentais, podem ser classificadas como humanistas, naturais e religiosas.

Como ética humanista podemos classificar aquelas que tomam o homem como a medida de todas as coisas, seguindo o axioma do antigo pensador Pitágoras (485-410 a.C.), que favorecem escolhas e decisões voltadas para o homem como seu valor maior.

Podemos subdividir a ética humanista em três formas, que são: hedonismo, utilitarismo e existencialismo.

O hedonismo consiste na visão de que o certo é aquilo que é agradável. A palavra hedonismo vem do grego ihdonh, “prazer”.

O hedonismo não tem muitos defensores modernos, mas podemos mencionar Gustav Fechner, o fundador da psicofísica, com sua interpretação do prazer como princípio psíquico de ação, a qual foi depois desenvolvida por Sigmund Freud como sendo o princípio operativo do nível psicanalítico do inconsciente.

Na visão cristã o hedonismo configura-se uma ética essencialmente egoísta, por apresentar ao homem a busca do prazer como princípio fundamental. O cristianismo reconhece o direito do homem de buscar o prazer e a felicidade;  a sua exacerbação é que a torna um equívoco.

O sistema ético utilitarista tem como foco principal o bem maior para o maior número de pessoas, ou simplificando, o certo é o que for útil. As escolhas são julgadas pelos resultados que produzem, e não em termos de motivações ou princípios morais envolvidos. Os principais proponentes da ética utilitarista foram os filósofos ingleses Jeremy Bentham e John Stuart Mill.

À primeira vista, a ética utilitarista até parece estar alinhada com o ensinamento cristão de proporcionar o bem às pessoas. No seu bojo está o ensinamento de sacrificar o lado individual em favor do coletivo. A questão está em o que é o bem da maioria? O perigo do utilitarismo é que ele transforma a ética simplesmente num pragmatismo frio e impessoal: decisões certas são aquelas que produzem soluções, resultados e números. Utilitaristas enfatizam o método em detrimento do conteúdo. Eles querem saber como e não por que.

E para terminar encontramos a ética humanista existencialista, que é defendida por pensadores como Kierkegaard, Jaspers, Heiddeger, Sartre e Simone de Beauvoir. Ela consiste basicamente no pessimismo. São céticos quanto a um bom futuro para a humanidade. São relativistas, tendo como premissa que o certo e o errado são relativos às perspectivas do homem, não existindo valores morais ou espirituais absolutos.

O existencialismo é o sistema ético dominante em nossa sociedade moderna. Sua influencia percebe-se em todo lugar. A sociedade atual tende a validar eticamente atitudes tomadas com base na experiência individual. Por exemplo, um homem que não é feliz em seu casamento e tem um romance com outra mulher com quem se sente bem, geralmente recebe a compreensão e a tolerância da sociedade.

A ética naturalista é aquela que toma como base o processo e as leis da natureza. No seu ponto de vista o certo é aquilo que é natural, pois a natureza daria o padrão a seguir. Essa visão está de acordo com a teoria da seleção natural, ou seja, a natureza seleciona os mais fortes e aptos para sobreviverem em detrimento dos fracos, doentes, velhos e debilitados.

Por incrível que possa parecer, essa ética teve defensores como Trasímaco (sofista, contemporâneo de Sócrates), Maquiavel, e o Marquês de Sade. Modernamente, Nietzsche e alguns deterministas biológicos, como Herbert Spencer e Julian Huxley.

Vejamos alguns conceitos modernos de ética:
Segundo Adolfo Sanchez Vázques, “ética é a ciência do comportamento moral dos homens”.
“Ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta” (VALLS, 1993, p.7).
Ética é a ciência ou filosofia que fará a eleição das melhores ações, tendo como horizonte o interesse coletivo.

No dicionário Aurélio Buarque de Holanda, encontramos ética como “o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”.

Podemos ver nitidamente a ação dessa ética no nazismo de Hitler, eliminando os doentes mentais e esterilizando os inaptos biologicamente.

Nietzsche, o mentor de Hitler, considerava como virtudes reais a severidade, o egoísmo e a agressividade, tendo como vício o amor, a humildade e a piedade.

Nos dias atuais encontramos os tentáculos da ética naturalista na busca desenfreada de legitimação do aborto, da eutanásia e de segregação dos mais fracos, ou inaptos, na linguagem deles.

Éticas Religiosas
São todas aquelas que baseiam os seus sistemas de valores na procura através da divindade (Deus ou deuses) da motivação maior de suas decisões, e consequentemente ações. A relação entre ética e religião é inseparável. O código de ética e o comportamento existente sofrem influencia direta no conceito de Deus que tenham.

Éticas Religiosas não Cristãs
Na mitologia grega, a concepção dos deuses os tinham como similares aos homens, carreados com suas paixões, desejos e sem padrões morais. A grande diferença existente entre eles e os homens era a mortalidade dos últimos. Dentro desse universo a religião grega clássica não impunha demandas e restrições ao comportamento dos homens.

No hinduísmo, no período védico vamos encontrar a divinização da vaca, principalmente em Krishna. Esse culto tem elementos pastorais e rurais.

O conjunto de valores que fazemos acerca de Deus com toda certeza irá influenciar nos nossos próprios valores e nas decisões que temos que fazer diariamente, incluindo-se nesse grupo os ateus e agnósticos.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Coluna Paulo Guedes: Conceito de ética


Encontramos na atualidade diversos temas que são trazidos à razão de todos nós, que se configuram polêmicos, e que precisam ser digeridos para que possamos nos posicionar contra ou a favor. Aborto, eutanásia, drogas, homossexualismo, entre outros, são analisados dentro das perspectivas da ética. No cotidiano de nossas vidas surgem questões como ser correto mentir para proteger-se ou proteger alguém.

Temos o direito de alcançar os nossos objetivos a qualquer custo? Ou seja, os fins justificam os meios? Para nortearmos o estudo que hora apresentamos, precisamos em primeiro lugar conceituar o que seja ética. Em segundo, a sua atuação nos diversos ramos do pensamento humano, e em terceiro o que venha a ser a ética na perspectiva cristã.

Etimologicamente falando, ética vem do grego “ethos”, e tem seu correlato no latim “morale”, com o mesmo significado: conduta, ou relativo aos costumes. Podemos concluir que, etimologicamente, ética e moral são palavras sinônimas.

Portanto, ética é a filosofia moral, ou a divisão da filosofia, que envolve o estudo do modo como devem viver os homens. A ética se concentra em questões que envolvem o correto e o impróprio. É o estudo crítico da moralidade, ou seja, é a ciência da moral.

Um código de ética é um acordo explícito entre membros de um grupo social. Seu objetivo é demonstrar como o grupo social que o compõe pensa e define sua própria identidade política e social, e como se movimenta para realizar seus objetivos particulares de forma compatível com os princípios da ética. O código de ética se fundamenta pela definição dos princípios e se articula em torno dos dois eixos de normas: direitos e deveres A definição de direitos delimita o perfil do grupo, e dos deveres abre o grupo à universalidade. A definição de direitos e deveres deve ser de tal forma que, através do seu cumprimento, os membros do grupo realizem o ideal de ser humano.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Coluna Paulo Guedes: Histórico da Ética

Aqui estão algumas linhas de reflexão sobre ética e seu desenvolvimento histórico. Não se deve buscar aqui, entretanto, uma reflexão conclusiva. O que apresentamos são apenas algumas observações que podem e devem ser levadas em conta ao se discutir a evolução das diferentes concepções da ética e dos comportamentos morais, ao longo dos séculos.
Podemos afirmar, a partir dos textos de Platão e Aristóteles que, no ocidente, a ética ou filosofia moral inicia-se com Sócrates. Para ele, a Ética iria bem além do senso comum da sua época.
Aristóteles vincula a sua ética à política, na certeza de que na monarquia e na aristocracia se encontraria a alta virtude, já que se configura um privilégio de poucos indivíduos. (11)
Aristóteles diz que, na prática, ética é o que fazemos, visando a uma finalidade boa ou virtuosa. (11)
Pode-se resumir a ética dos antigos, ou ética essencialista, em três aspectos: 1- o agir em conformidade com a razão; 2 – o agir em conformidade com a natureza e com o caráter natural de cada indivíduo; 3 – a união permanente entre ideia (a conduta do indivíduo) e o político (valores da sociedade). A ética era uma maneira de educar o sujeito moral (seu caráter) no intuito de propiciar a harmonia entre o mesmo e os valores coletivos, sendo ambos virtuosos.
A ética, com o advento do Cristianismo, através de Tomás de Aquino e Agostinho, adere à ideia que entende a virtude surgindo a partir da relação do homem com Deus, e não com os semelhantes ou com o lugar em que vivia. As duas principais virtudes são a fé e a caridade.
Surge o conceito do livre-arbítrio, tendo o homem como primeiro impulso a escolha do mal. Por ser fraco e pecador, balança entre a escolha do bem e do mal, estabelecendo-se que a melhor conduta encontra-se nas leis de Deus.
A partir do século IV, ocasião em que Constantino (Imperador Romano) universaliza o cristianismo como religião oficial do império romano, os valores passam a ser de respeito mútuo. Nasce aquilo que se popularizou, principalmente durante a Idade Média, como sendo um casamento entre a Igreja e o Estado. Principalmente nesse período medieval é que ocorre o maior distanciamento entre aqueles que são as "cabeças" da Igreja e as pessoas do povo. Podemos dizer que,  por mais de mil anos o centro da ética cristã foi aquilo que se chamou de práticas de caridade. Essa prática se origina das Escrituras e da Tradição Apostólica, não esquecendo que foi na Tradição que se fundamentaram os dogmas que norteiam as posturas cristãs.
A finalidade disso é convencer o ser humano a comportar-se de acordo com valores específicos, que se universalizam. É o que se pode depreender da leitura da página da Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde afirma que a ética cristã, "é o conjunto de valores morais baseados nas Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta nesse mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo".

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Coluna Paulo Guedes: ÉTICA CRISTÃ - II


A ética cristã é o sistema de valores morais associados ao cristianismo histórico e que retira dele a sustentação teológica e filosófica de seus valores, sendo a alternativa para a nossa sociedade superficial e relativista. Ela opera a partir de diversos princípios e valores, que acredita revelados por Deus, através das sagradas Escrituras.
Falar de ética cristã nos dias de hoje é uma tarefa desafiadora, já que vivemos num mundo em que os valores e os costumes da sociedade têm se modificado com uma enorme rapidez. Podemos considerar que existem inúmeras posições éticas tomadas pelas pessoas. Não existe um padrão comum na maneira das pessoas encararem as questões que envolvem a vida.
A finalidade precípua da ética cristã é a regeneração espiritual da humanidade, para que seu comportamento se paute na mais perfeita obediência às leis de Deus, que estão devidamente organizadas e sistematizadas no Antigo e Novo Testamento. É preciso transferi-las dos papiros, pergaminhos e paginas de papel das atuais bíblias para a consciência do homem, passando a fazer parte do seu modus operandi, no lidar com o seu semelhante. Urge essa transferência para que as distorções claramente observadas nas diversas nações espalhadas pelo mundo, no que diz respeito à conduta moral do homem, possam ser corrigidas levando o ser humano, filho do Pai Supremo, ao estado de plena vivência do Evangelho.
Nas leis, nos profetas e no Evangelho de Cristo, encontramos a revelação do padrão moral. Os Dez Mandamentos e o Sermão das Bem-Aventuranças são a síntese da mais perfeita moral revelada por Deus. Encontramos nos referidos textos o roteiro divino para alcançarmos o Seu Reino. A mensagem representa o caminho da regeneração do homem e a conquista definitiva da paz.
A ética cristã fundamenta-se na vida e ensinamentos de Cristo e constitui-se a expressão máxima do amor.
Podemos dizer que a ética cristã é a grande síntese, é o compêndio dos supremos valores morais, baseado unicamente nas Sagradas Escrituras, sendo o norteador da conduta do homem, perante a vida, neste mundo. Não se trata de uma fórmula mágica para se chegar a Deus, mas um conjunto de regras e procedimentos que nos torna obedientes às leis de Deus, facultando-nos o direito de sermos chamados homens de bem.
Entre os motivos que devem impulsionar as pessoas em sua conduta está a imitação de Cristo (Rm 15: 5; Gl 2: 20; Ef 5: 1-2; Fp 2: 5). Outro motivo fundamental é o amor (Rm 12: 9-10; I Co 13: 1-13; 16: 14; Gl 5: 6). O viver ético é sempre o fruto do Espírito (Gl 5: 22-23).
Na sua argumentação ética, Paulo dá ênfase ao bem-estar da comunidade, o corpo de Cristo (Rm 12: 5; I Co 10: 17; 12, 13 e 27; Ef 4: 25; Gl 3: 28). Ao mesmo tempo, ele valoriza o indivíduo, o irmão por quem Cristo morreu (Rm 14: 15; I Co 8: 11; I Ts 4: 6; Fm  16).
Acima de tudo, o crente deve viver para Deus, de modo digno dEle, para o seu inteiro agrado: Rm 14: 8; II Co 5: 15; Fp 1: 27; Cl 1: 10; I Ts 2: 12; Tt 2: 12.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Coluna Paulo Guedes: A Ética Cristã



O presente texto pretende introduzir e discutir a urgência da ética cristã como fundamento para a busca de uma sociedade democrática e suas conectividades com os direitos humanos. A problematização do tema com todo o seu envolvimento nas diversas áreas do conhecimento humano torna-se uma tarefa árdua, levando-se em conta o processo de globalização acelerado em que estamos inseridos.
Um olhar mais atento e vamos começar a identificar as diversas facetas da sociedade, com seus valores éticos e morais com toda a sua historicidade, lugar, espaço e tempo onde a sua significação foi construída e reconstruída pela ação humana.
A ética, como teoria, exercício intelectual que propicia a reflexão, a análise, a decisão e a avaliação de toda conduta social, tem sido o principal regulador do desenvolvimento histórico-cultural da humanidade. Sem ela, com seus princípios humanitários, o homem teria tido poucas chances de chegar à era da modernidade.
Hoje podemos dizer que, apesar da grande contribuição que ela deu ao homem e à sociedade, a modernidade alijou-a das relações humanas, abrindo um espaço demasiadamente grande para que o positivismo, juntamente com o materialismo, espalhe os seus tentáculos por toda a sociedade, preludiando dias obscuros para a humanidade.
Surgem orientações e normatizações baseadas em conceitos anticristãos, que colocam o homem refém do mundo sistêmico, do poder e do dinheiro, criando um desenvolvimento econômico e tecnológico que beneficia uma minoria em detrimento de condições mínimas de sobrevivência da grande maioria da população mundial.
Também podemos afirmar que a ética, por si só, não garante a transformação moral da humanidade. A assertiva segundo a qual nós, seres humanos, somos capazes de concordar minimamente sobre princípios como a justiça, a igualdade de direitos, cidadania plena, solidariedade e dignidade da pessoa humana, indicam grande possibilidade de vivenciarmos esses princípios, mas nada garante a sua real efetivação.
A ética, como teoria, ou como princípios negociados e acordados entre nações, povos e religiões e sua inclusão nas cartas magnas, não é o suficiente para transformar. É preciso que o homem a coloque como virtude em sua vida, trazendo para si o exercício da plena cidadania em confronto com a moral vigente nas sociedades.
A palavra planificadora de Cristo exerce papel fundamental na efetiva incorporação da ética na vida do homem, possibilitando-o participar plenamente no processo de transformação da sociedade.
Com a finalidade de discutir a contribuição que a ética cristã pode exercer sobre a sociedade atual, buscaremos fazer, nas próximas semanas, um estudo aprofundado da ética com todos os seus desdobramentos, conceituando-a, e analisando as suas alternativas, como na ética humanista, utilitarista e naturalista; caminharemos também pela ética religiosa cristã, buscando entender os seus sistemas de valores, bem como pela ética religiosa não cristã.
Estaremos discutindo também a ética como estudo crítico da moralidade, sua influência no homem, abrangendo sua vida em família, na sociedade e no trabalho e negócios, como também a forma de desenvolver uma consciência moral proporcionadora da liberdade humana.
Analisaremos a instituição família, com a conceituação de lar; os deveres morais do homem na família; a paternidade responsável e o dever moral da família na sociedade, bem como estaremos refletindo os valores morais diante da sociedade moderna.
Com a convicção de que a ética cristã tem muito a contribuir com a transformação da sociedade, avaliaremos essa mesma sociedade em todos os seus aspectos, num estudo sociológico da sua relação com o Estado, com a cultura e a influência da comunicação na formação dos valores dessa sociedade. Olharemos com toda a atenção os instrumentos aceleradores da instabilidade social, procurando entender os motivadores da exclusão social, da evasão escolar, dos desajustes de conduta e as deficiências sociais, onde vamos encontrar os crimes de todos os matizes, a prostituição, o alcoolismo, a toxomania e a jogatina.
Na busca da solução para os embates sociais, estudaremos a religião e seu papel na família e na sociedade, procurando nas Escrituras Sagradas as leis que regem a vida em comunidade, passando pelas leis mosaicas e chegando ao Evangelho de Jesus.
Encontraremos,no decorrer deste estudo, o Plano Social de Deus para a humanidade, tendo como princípio a educação do homem e o desenvolvimento de valores morais norteados pela ética cristã. A pedagogia será apresentada como ciência de fundamental importância nesse processo transformatório, tendo o amor como ato pedagógico, capaz de tirar o homem da inércia e colocá-lo a caminho da evolução.
Procuraremos mostrar que todos nós somos educadores e educandos nas escolas da vida, trocando de papel conforme as circuntâncias da jornada, e para que sejamos bons educadores apresentaremos a pedagogia da afetividade; e como não poderia ser diferente, estudamos nas semanas anteriores, Jesus, o pedagogo por excelência, com os seus métodos de ensino que tantos exemplos têm nos dados. Ele marcou a vida da humanidade com o seu verbo divino, e precisamos nos espelhar nEle para fazer a nossa parte no trabalho fundamental da seara do Cristo.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Coluna GTIM - O Lado bom das pessoas



Assim como tudo que nos acontece na vida, todas as pessoas têm seus defeitos e igualmente suas qualidades.
Acostumamo-nos a julgar as pessoas, bem como os acontecimentos da vida, sempre olhando o que houver de pior, os defeitos, os erros. Dessa forma deixamos de valorizar suas qualidades, suas virtudes, o que tiver de melhor, ou seja, valorizamos o mal e esquecemos o bem.
Se pararmos para pensar, fazemos isso o tempo todo e para tudo. Ao encontrar um conhecido na rua, o que mais comentamos? As piores notícias dos jornais, as tragédias, que é o que a mídia nos vende: “Você viu aquele assalto...?”, “Cuidado, não fique andando de bicicleta, não viu outro dia a tragédia...?”, e daí para pior! Não é comum ouvir as pessoas comentarem da ação de uma ONG, de alguém que estendeu a mão a quem caiu, que alimentou um faminto. Na melhor das hipóteses, comentamos sobre o clima!... Não ouvimos coisas boas, não comentamos o bem, não valorizamos a caridade.
Já ouvi mais de uma vez numa história que exemplifica bem o que quero dizer, que conta que em determinado ponto de certo caminho havia um cachorro morto. Dessa forma, todos que por ali passavam reclamavam do fedor do corpo em decomposição: “Nossa, que fedor!”, “Que cheiro terrível, desse cachorro!”. Mas Jesus, passando por esse mesmo lugar disse, olhando para o corpo: “Que belos dentes tinha esse cachorro!”.
Que diferença! Assim mesmo somos nós na vida, infelizmente, diariamente. Reclamamos de tudo, só destacamos o que é ruim. Jesus, nosso maior exemplo, mais uma vez nos mostra como agir, valorizando o que é bom, mesmo porque tudo, e todos têm também qualidades, temos algo de bom. Precisamos entender também que a impressão que temos que só acontecem coisas ruins não é verdade. Só nos parece ser assim porque é só do que falamos.
Por isso proponho, a partir de agora, nos esforçarmos ao máximo para dizer apenas o que for edificante. Valorizar os acertos, as qualidades, fazer elogios, críticas construtivas. Vamos procurar analisar as coisas com calma, tentando ver o lado bom das situações, o melhor de cada pessoa.
Se, num primeiro momento, parece que não podemos mudar o que está ao nosso redor, experimente mudar seu ponto de vista, e terá, sem dúvida, agradáveis resultados!
Idamares Alves



sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Coluna Paulo Guedes - Métodos Utilizados Por Jesus


Analisando os Evangelhos chegamos à conclusão de que Jesus não tinha uma maneira fixa de ensinar, nem algum método preestabelecido para lecionar ao povo que o cercava. O que vemos é um Mestre que não se prendia a rotinas, nem se escravizou a qualquer sistema. Ele utilizou de forma perfeita todos os métodos como se fosse coisa natural do Seu ser. Foi um mestre incomparável na arte de ensinar, variando seu processo de ensino conforme a ocasião e o objetivo que tinha em mente.

Podemos dizer que Jesus conhecia e empregou todos os recursos utilizados hoje pela moderna pedagogia, de forma tão perfeita que o melhor dos mestres é apenas um pupilo perto Dele. Vejamos alguns desses métodos:

Lições objetivas
Jesus usou com muita qualidade lições objetivas para passar seus ensinos, buscar demonstrar a verdade através de exemplo utilizando coisas concretas e vivas. Temos vários exemplos da utilização desse método, vejamos alguns: quando o Mestre quis ensinar aos seus discípulos qual era a atitude a ser tomada para entrar no Reino de Deus, utilizou uma criança dizendo que o Reino era para aqueles que se assemelhavam a ela (Mt. 18:1-4); quando precisou dar uma lição referente à humildade, cingiu a cintura com uma tolha e lavou os pés dos apóstolos, dando a seguinte lição: “se Eu, o Mestre, lavo os vossos pés, vós se quereis ser grandes no Reino de Deus deveis fazer o mesmo” (Jo. 13:1-15); e talvez a passagem mais conhecida do Evangelho, quando os fariseus e os herodianos lhe fizeram a pergunta sobre ser lícito pagar o tributo a Cesar. Sem pestanejar, o Mestre Jesus solicita um denário e, utilizando-se do objeto, que tinha na efígie a figura de Cesar, dá a sublime lição: “Dai, pois, a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus (Mt.22:15-22)”.

Parábolas
Jesus utilizou o conto de histórias ou parábolas para mais facilmente deixar registrados certos ensinamentos. Sem sombra de dúvida podemos afirmar que o método mais utilizado por Ele foi o de parábolas, e com certeza são os ensinos mais lembrados.

Parábola, segundo a Enciclopédia e Dicionário Ilustrado Koogan/Houaiss, é comparação desenvolvida em pequeno conto, no qual se encerra uma verdade, um ensinamento. É uma história ou ilustração tirada de algum fato conhecido, para lançar luz sobre outro fato não conhecido. William Sanday diz: "São cenas, ou histórias curtas, tiradas da natureza ou da vida de cada dia, que apresentam algum pensamento ou princípio capital que pode ser levado e aplicado ao alto nível espiritual da vida humana". Horne nos dá uma lista total de sessenta e uma: delas, trinta e quatro tratam de pessoas, como a do ‘bom samaritano”; quatro, de animais, como da "ovelha perdida"; sete, de plantas, como a da "semente de mostarda"; e dezesseis de coisas, como as quatro qualidades de terra.

Se retirarmos as parábolas dos ensinamentos de Jesus perderíamos uma quantidade inestimável desses ensinamentos e eles ficariam incompletos. Só para se ter uma ideia, 50% do Evangelho de Lucas e 25% de Marcos são representados por parábolas. 

Muitas vezes Jesus, quando era questionado pelos fariseus e escribas, ao invés de responder diretamente, utilizava-se de parábolas para deixar o seu ensinamento. Podemos verificar uma situação dessas quando eles criticam o fato de Jesus andar em companhia de publicanos e pecadores. O Mestre conta três lindas histórias: da dracma perdida, da ovelha perdida, e do filho pródigo, demonstrando que todos (dracma, ovelha e filho) eram dotados de algum valor, mas encontravam-se perdidos, necessitando ser resgatados, comparando-os aos publicanos e pecadores, que também se encontravam perdidos, e que na qualidade de filhos de Deus mereciam mais atenção da parte dos fariseus e escribas. Como no caso da dracma, da ovelha e do filho, precisavam ser procurados e achados e reintegrados à sociedade.

Na próxima semana daremos continuidade ao tema, falando de preleções e perguntas, tão utilizados por Jesus.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Coluna GTIM - Medo de Espíritos?


É com muita alegria que venho aqui pela segunda vez escrever para o nosso blog. O assunto que eu quero tratar hoje é o medo de espíritos. Esse assunto sempre me assustou muito... imagine, só de ouvir falar em espíritos, já me dava aquele arrepio dos pés à cabeça.
Cheguei ao Lar no ano de 2012 por meio do tratamento espiritual, que por sinal é através de um espírito, e a partir desse momento o todo o meu medo de espíritos caiu por terra. Fui me familiarizando mais com esse universo espírita, e através da bela e amorosa recepção que tive, entrei para a aula de evangelização.
No dia a dia das aulas, vi que muitas das minhas perguntas tinham respostas, e estou estudando cada vez mais, não só a mediunidade mas todos os outros aspectos que a Doutrina nos oferece, como entender o que acontece em uma reunião de auto cura, entender o que é, e como funciona um passe... aprendi cada coisa nova que eu nem imaginava que poderia existir.
Hoje, 3 anos depois de ter entrado no Lar pela primeira vez, eu posso afirmar que não tenho mais medo de espíritos, até porque aprendi que eu também sou um espírito!


Que a paz esteja com você!

Yuri Nunes

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Coluna Paulo Guedes - "Os Educandos de Jesus – Parte 2"


Fora do círculo dos doze apóstolos, vamos encontrar vários exemplos do que falamos na coluna da semana passada (Parte 1). Podemos começar com Maria Madalena, com seus sete demônios; a mulher pecadora que lhe lavou os pés com a água vertida dos seus olhos e os enxugou com os próprios cabelos; os fariseus que queriam apedrejar a mulher adúltera, os quais desapareceram quando Jesus declara que atirasse a primeira pedra aquele que estivesse sem pecado; a mulher da beira do poço, que já tivera cinco matrimônios, e o homem com quem morava não era seu marido; Zaqueu, o coletor de impostos, apegado ao dinheiro a ponto de cobrar mais do que era devido. Podemos chegar à conclusão, depois desses relatos, que a classe de alunos de Jesus era repleta de vícios morais e não representavam a turma ideal para se formar grandes homens. Na verdade, eles se parecem muito com cada um de nós, com suas paixões, com o orgulho, com o egoísmo e tantos outros vícios que nos deparamos nas nossas vidas. Podemos ir mais além, e afirmar que da mesma maneira que Jesus tocou o coração de cada um deles e os transformou em ícones da humanidade, se assim o quisermos ele também pode tocar os nossos corações, impulsionando-nos a grande reforma íntima que precisamos fazer para alcançar as esferas superiores da vida.

Jesus precisou usar de toda a sua sabedoria para lidar com um dos problemas que mais dificultam a transformação do homem: o preconceito. João vivenciava o preconceito de tal maneira que não admitia que pessoas fora do grupo dos apóstolos expulsassem demônios e fizessem o bem (Mc. 9:38). Se formos verificar, encontraremos o preconceito como raiz de muitos males existentes na vida dos apóstolos e dos seguidores de Jesus. Na parábola do semeador, a primeira semeadura é feita à beira do caminho, solo difícil, terra dura e impenetrável, na qual a semente não encontra abrigo (Mt.13:3-23). Podemos ver nessa passagem referência às pessoas de mente fechada, cheias de preconceitos, que não aceitam nem pensar nas novas verdades; é a essas pessoas que Jesus se dirigia. Os fariseus e os saduceus eram os críticos intelectuais do tempo de Jesus. Eles não conseguiram entender e não aceitavam a ideia de que Deus ama igualmente a todos os seus filhos, mesmo os que são pecadores, conforme anunciado por Jesus. Por esse motivo encontramos a parábola do filho pródigo e a comparação do fariseu e do publicano em oração diante de Deus.

O homem queria ver saciada a sua fome e curada as suas enfermidades, desde que não houvesse qualquer interferência em sua forma de viver a vida. É como encontramos hoje, onde todos querem as benesses de Deus, mas nem pensam em fazer sacrifício das suas vaidades, do egoísmo ou do orgulho. Servir a Cristo, então nem pensar. Perdem o interesse e seguem as suas vidas como se Deus não existisse. O maior desafio de todos nós educadores é convencer esses homens, cheios de preconceitos, a negar a si mesmos e vivenciar a vida tendo como norte o Evangelho de Jesus.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Coluna GTIM - "Como me sinto sendo um jovem trabalhador"


Olá, meu nome é Rafaela, tenho 15 anos e sou uma jovem voluntária trabalhadora do Lar Espírita Francisco de Assis.
Logo que o Lar inaugurou, eu fazia parte como evangelizanda, devia ter uns 5 anos, e tive que mudar de bairro com minha família, com isso veio a distância e acabei me afastando. Mas há dois anos senti a necessidade de voltar a frequentar pois sentia muita falta, então fui convidada a trabalhar aos domingos no tratamento espiritual de autocura (que ocorre no 2° e 4° domingo do mês), e atualmente também faço parte de diversas outras atividades da casa. Tenho tido as melhores e incríveis experiências como trabalhadora, aprendo cada vez mais sobre a doutrina, responsabilidade e como a caridade e o amor ao próximo são importantes no atual mundo de provas e expiações no qual vivemos.
O Lar e as maravilhosas pessoas que lá pude "reencontrar" me proporcionam uma boa energia, se chego mal, sempre saio melhor, minhas energias parecem ser renovadas, sinto-me muito feliz por fazer parte dessa linda família de Francisco!
Não posso deixar de citar que um amigo ou outro tem o julgamento errado de que fico "presa" à Doutrina nos fins de semana, mas não é assim, é uma escolha e vontade de estar presente, torço pela chegada do fim de semana e, sem dúvida, assim como aprendemos muito juntos, nos divertimos na mesma proporção!
E se em algum momento pensei em desistir, eles me deram motivos para o mesmo não fazer, e seria uma besteira a ser feita, uma perda de oportunidade de melhoramento meu mesmo, e hoje em dia eu posso dizer que já não imagino mais minha vida sem o Lar!
Paz e bem!


sábado, 4 de julho de 2015

Coluna Paulo Guedes - Os Educandos de Jesus – Parte 1



Muitas pessoas acreditam que a tarefa de Jesus foi facilitada porque os seus discípulos e todos aqueles que O seguiram eram espíritos evoluídos, dotados de amplo conhecimento das leis de Deus. Temos que vê-los como seres humanos como nós, com suas imperfeições e fraquezas naturais à criatura humana. Embora estejamos falando de outra época, com condições sócio-politico-religiosa deferentes das atuais, a natureza humana é sempre a mesma. O Mestre Jesus lidou com um grupo mais íntimo de seguidores, outro maior de discípulos e outro, maior ainda, de críticos e indiferentes.


A turba humana que Jesus lidou e ensinou estava muito longe de ser perfeita, principalmente quando olhamos para os primeiros contatos dela com o Mestre. Mesmo após os ensinamentos da Boa Nova demonstravam ainda imperfeições e vacilações diante das provas, como podemos observar na negação de Pedro (Mt. 26: 69-75). Tinham os caracteres ideais para se tornarem grandes homens, eram mestres em desenvolvimento, mas eram frágeis como todos nós. Só um homem da envergadura de Jesus, com visão do futuro, dotado de paciência, persistência e perseverança, e principalmente de um infinito amor, poderia investir em alunos tão frágeis e torná-los fortes como a rocha.


Imaginamos a grande dificuldade para transformação daqueles homens simples, que diante das provas e no lidar com o mundo mostravam tamanha dificuldade. Lembramo-nos de João, o que se tornou evangelista, com toda a dificuldade de controlar seu gênio, e se encolerizou contra os samaritanos, os mesmos a quem que Jesus queria revelar o seu infinito amor; João não só deu asas a seu temperamento e preconceitos, mas também ao orgulho, e chegou a pleitear o privilégio de assentar-se à destra de Jesus. E Tiago se associou a ele, igualmente desejoso de posição social e política; Tomé, que mesmo com a informação da volta do Mestre, exige provas contundentes Dele para poder acreditar; Judas, que apesar do convívio íntimo com Ele, não compreendeu a Sua missão e O traiu por trinta moedas de prata; todos, com exceção de João, fugiram, deixando Jesus a sua própria sorte na cruz. O grande feito do educador Jesus, de chamar para si esse grupo cheio de defeitos, que pouco prometia, e formá-los homens de bem, que serviriam de sustentáculo para o cristianismo nascente, serve de alento e inspiração a todos nós, pois se permitirmos, Ele também nos fará homens de bem.


Os discípulos de Jesus não eram apenas imaturos, mas também impetuosos, impulsivos e muitas vezes precipitados. Pedro, por exemplo, era governado por impulsos e muito precipitado, como podemos observar em várias passagens que encontramos no Novo Testamento, como quando se lançou ao mar, em certa manhã bem fria, e nadou até a praia para chegar perto de Jesus, quando calmamente poderia dirigir o barco à margem (cf. Jo. 21:7); outro exemplo é quando Pedro decepa a orelha do servo do sumo sacerdote com sua espada (Jo.18:10).


O mestre Jesus, em sua tarefa de transformação da humanidade, não lidou apenas com pessoas de caráter difícil e fortes impulsos, mas também com aqueles com grandes tendências ao erro. Dentre eles alguns se tornaram cristãos de elevado caráter, mas temos que entender que nem sempre foram assim, nem tinham a elevação dos anjos, como tendemos a achar. Eram homens e mulheres de altos e baixos, instintos e impulsos, que longe da ética cristã que controla e direciona, inevitavelmente teriam sido arrastados a males irremediáveis.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Gincana Evangelização - Prova 2

Seguindo nossa gincana aumentamos o desafio para os nossos jovens.
A segunda prova consistia em três tarefas:
1. Vender 25 números de uma rifa de um edredom (o valor arrecadado com a rifa seria disponibilizado para as equipes custarem algumas tarefas)
2. Compor uma musica que envolvesse: Lar, Comunidade e Francisco de Assis
3. Fazer uma redação com o título: "O que é fazer o bem para mim"
Todas as equipes se empenharam e cumpriram lindamente essa prova! Escolher a musica e redação vencedoras deu trabalho para a comissão julgadora.
Mas, depois de muita análise, chegamos aos vencedores:

Musica - Equipe Sementes do Bem
https://www.youtube.com/watch?v=GieAA64ERgo

Redação - Equipe UFC
TEMA: O QUE É FAZER O BEM PARA MIM

Um bom Princípio a se seguir
É procurar fazer o bem
Sem sequer olhar a quem

Você pode ajudar plantas, animais ou pessoas
Porém fazer o bem pode ser difícil,
Por que as pessoas acabam confundindo as coisas,
Não compreendendo o que é ao certo fazer o bem,
Acham que somos bobos
Ou nos exploram com desdém
Mas penso em jamais desistir
Pois vejo que é o caminho certo a se seguir

O bem é feito com amor e caridade
Usando o coração ao auxílio de um ser
E logo depois ter a felicidade
Que é presenciar a singela gratidão
No olhar de um irmão

Faça o bem, Pense nisso!
Sem interesse de algo em troca
Por mais atrasado que esteja para um compromisso
Pare e ajude aquele que precisa:
Carregar uma um grande peso
Atravessar uma rua,
Ou apenas auxilie uma dor que não é sua

É dar carinho para aquela criança
Que não tem atenção no dia a dia
Ou com uma prece devolver a esperança
Para um conhecido ou desconhecido

Por mais complicada e triste que esteja sua vida
Guarde tudo no bolso e vá consolar o amigo que precisa
Você pode não acreditar,
Mas doando de si mesmo
Muito mais receberá
Do que aquele que está recebendo

Essa recompensa é aprender
A dar valor maior à sua vida,
E moralmente crescer
Vendo tudo a sua volta de melhor maneira


E não faça com os outros
O que não gostaria que fosse feito a você
A humanidade precisa do bem
Para se melhorar e evoluir no seu alvorecer
Só assim o mundo poderá sorrir

É simples, plante o bem
Distribua-o também
Que o que for bom... Vem!

É isso que a Doutrina Espírita ensina,
A fazer o bem
E me tornar uma pessoa melhor a cada dia

terça-feira, 23 de junho de 2015

Gincana Evangelização - Prova 1

Esse ano criamos um evento diferente para as turmas de evangelização.
Reunimos nossas turmas de pré adolescentes e adolescentes, dividimos em 4 equipe e montamos uma gincana.
Essa gincana durará todo o ano e a equipe vencedora ganhará o direito de participar de um super passeio.
As provas tem sempre como base a doutrina e visam estimular o conhecimento espírita e também  ajuda-los a desenvolver seus talentos.
Várias foram as provas que eles já realizaram.
A primeira foi a escolha do nome da equipe, logo e grito de guerra.
Assim ficaram:
Equipe 1 - Fênix da Paz
https://www.youtube.com/watch?v=ydldaOYQVEQ


Equipe 2 - Sementes do Bem
https://www.youtube.com/watch?v=AbMup1IdDIs

 Equipe 3 - #LEFA
https://www.youtube.com/watch?v=vDfoyFVdFWM

Equipe 4 - UFC (Unidos pela Força de Cristo)
https://www.youtube.com/watch?v=GTJ_ZsZu2iA

Postaremos o resultado de provas para que todos vejam o quanto são incríveis nossos jovens! :)

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Coluna Paulo Guedes - A Credibilidade do Ensino de Jesus


Jesus fez da arte de ensinar o seu modo de operar a transformação das atitudes e conduta do povo. Não encontramos no Evangelho a afirmação de que Ele era orador, reformador, ou líder, mas sim, que Ele era mestre. Jesus lançou mão do método educativo, e não do método de força política, ou de propaganda, ou do poder. A ênfase que Jesus deu ao ensino ressalta do fato de em geral ser ele reconhecido como Mestre”. De fato, Jesus era considerado Mestre ou Rabi, como se pode constatar na sua conversa com Nicodemos: “Rabi, sabemos que és mestre vindo da parte de Deus (Jo. 3:2)”. Só para termos uma ideia, nos Evangelhos encontramos Jesus sendo chamado de mestre quarenta e cinco vezes, e segundo L. J. Sherril (in Price 1980) somando-se todos os termos equivalentes a mestre vamos encontrar sessenta e uma referências.
Fala-se em Jesus ensinando, quarenta e cinco vezes; e onze apenas pregando, e assim mesmo, pregando e ensinando, como vemos em Mateus 4:23 — "ensinando em suas sinagogas e pregando o evangelho do reino".
Para que possamos perceber a ênfase em educação da vida de Jesus, nos Evangelhos os seguidores dEle, como afirma J.M. Price, não são chamados de súditos, servidores ou camaradas, e mesmo a palavra cristão só é usada três vezes no Novo Testamento para designá-los, mas vamos encontrar nada mais, nada menos que 243 vezes a palavra discípulo, que significa aluno ou aprendiz.  No principal sermão do Mestre, o sermão da montanha ou das bem aventuranças, Mateus apenas diz — "E ele se pôs a ensiná-los, dizendo..." (Mat. 5:2).
Ele aproveitava todas as oportunidades para ensinar e o fez no templo, nas sinagogas, no monte, nas praias, nas estradas, nas casas, junto ao poço, em público e em particular. "Andava Jesus por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, e proclamando as boas-novas do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo" (Mt. 4:23). A obra de Jesus é uma obra didática, onde o povo interagia com o Mestre fazendo perguntas, e o Mestre por Sua vez propunha questões e problemas. Dedicou boa parte do Seu tempo para transformar os Seus discípulos em mestres, para que a Sua obra tivesse continuidade.
Após prepará-los os enviou a pregar a boa nova ao povo, instruindo-os na observância de todas as coisas que lhes tinha mandado (Mt. 28:19-20). Jesus, como pedagogo do amor, acreditava que só através da educação ocorreria a verdadeira transformação da humanidade, e nos ensinou que crer é indispensável a qualquer educador.