sexta-feira, 26 de junho de 2015

Coluna Paulo Guedes - O Conhecimento das Escrituras e da Natureza Humana

Tanto na educação secular quanto na religiosa, numa perspectiva ética cristã, é fundamental o conhecimento dos ensinamentos do Cristo. Podemos observar que Jesus no seu messianato mostrou-se qualificado no que tange ao conhecimento daquilo que ensinava. Podemos comprovar na conversa na estrada de Emaús quando Ele explica os ensinos do Antigo Testamento quanto a Sua pessoa (Lc. 24:27). Em seus ensinamentos Ele citou pelo menos vinte livros do Antigo Testamento e demonstrou pleno conhecimento dele. Tinha um conhecimento tão profundo que fazia comparações dos Seus ensinos com ele.
"Percebe-se que Jesus conhecia de cor todas as Sagradas Escrituras não só pelas citações diretas que delas fazia, mas também pelas numerosas alusões que fez à Lei, a Isaías, a Jeremias, a Daniel, a Joel, a Oséias, a Miquéias, Zacarias e Malaquias, e principalmente os Salmos", afirma o cônego Farrar. Jesus mostrou seu preparo não só quando, aos doze anos, enfrentou os rabis no Templo, mas também nas crises mais apertadas, frente aos mais severos críticos de todos os tempos.
Ao lado do conhecimento das escrituras, Jesus demonstrou uma grande compreensão da natureza daqueles que o cercavam. Com Ele passamos a entender que a compreensão das necessidades dos educandos é de fundamental importância para um ensino com qualidade. Na relação interpessoal é primordial conhecermos a psicologia humana, para que possamos entender e sermos entendidos. Jesus lia na alma das pessoas as suas tristezas e motivações, se eram bons ou maus, amigos ou inimigos, interessados na boa nova ou não. Com base nesse conhecimento estabelecia a metodologia de ensino adequada a cada um. Estudando o Evangelho encontramos vários exemplos que evidenciam esse conhecimento. Quando Jesus declara que os pecados do paralítico estavam perdoados, os escribas pensavam que ele estava blasfemando, pois acreditavam que só Deus tinha o poder de perdoar pecados, mas “Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações” (Mt. 9:4); quando os fariseus e os herodianos procurando apanhá-Lo em algumas palavras, perguntaram se era lícito pagar o imposto a Cesar, Jesus, percebendo a hipocrisia deles, disse-lhes: “Por que me experimentais? ” (Mar.12:15). Ao ver Natanael, disse: ”Eis um verdadeiro israelita em quem não há dolo!"(João 1:47).
  Jesus conhecia de tal maneira o interior do ser humano que ajudava as pessoas a solucionar os seus problemas mais íntimos, que muitas vezes elas mesmas não conheciam.
Ele não estudou psicologia ou pedagogia, mas somos obrigados a admitir que Ele tinha a soma de conhecimentos que perfeitamente o habilitava para a tarefa de mestre. Ele era por excelência um mestre, um psicólogo, e um técnico em metodologia de ensino, pois mostrou conhecimento profundo das ciências humanas e as usou de maneira eficiente.

3 comentários:

  1. Jesus, nosso modelo de perfeição, sem dúvida!

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  2. Jesus, nosso modelo de perfeição, sem dúvida!

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  3. Jesus conhecia como ninguém a natureza humana, tanto que deixou ensinamentos que nos norteiam até hoje!

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